O seminário aconteceu na tarde de ontem, 28/08, na casa da Assembleia Legislativa no Parque da Expointer e contou com a participação do Coordenador Geral da FETRAF-RS Douglas Cenci, da Diretora de Inovação para a Produção Familiar e Transição Agroecológica, Vivian Libório, do diretor da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Gabriel Fogaça e do engenheiro agrônomo, doutor em agroecologia e assessor da FETRAF-RS Valdemar Arl.
Cenci deu abertura a mesa colocando o objetivo e contextualizando o seminário, este que surge a partir do processo de elaboração e discussão realizado pela FETRAF-RS no último período. Douglas também apontou alguns elementos do cenário de crises e desafios postos a agricultura familiar, que exige a construção e implementação de saídas e alternativas que possibilitem ampliar a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis e transitar para um novo modelo de produção.
Na sequência, Valdemar fez uma apresentação técnica acerca dos desafios postos a agricultura familiar, expondo o método de transição agroecológica “Sistema de Plantio Direto de Hortaliças e outras Culturas” (SPDH+) como alternativa para a transição sustentável de toda a agricultura familiar. Em sua fala, Valdemar destacou a importância de métodos adequados a realidade e que trazem avanços técnicos como o SPDH+, o qual parte da realidade concreta para a construção de um ideal de uma agricultura mais autônoma, independente e sustentável. O novo método tem a planta como centro, não mais o solo, revolucionando o conceito agronômico e potencializa a produção de alimentos aliadas ao serviços ambientais e a produção de baixo Carbono.
Na sequência, Gabriel e Viviam falaram em nome do governo estadual e federal. Gabriel destacou a importância das inovações na ciência agronômica e afirmou que a secretaria de Desenvolvimento Rural está de porta abertas a novos métodos/inovações e a agricultura familiar. Já Vivian fez um panorama de como o governo federal tem tratado do tema, apontando que tem trabalhado a partir de três planos e novas políticas públicas voltadas a transformação do modelo produtivo, a criação de resiliência, a diversificação da produção e a orientação e apoio ao uso de tecnologias adaptadas aos biomas e as mudanças do clima.
