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Federação dos trabalhadoes na agricultura familiar do Rio  Grande do Sul

“Construindo um futuro melhor para a agricultura familiar”

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FETRAF’s do Sul se reúnem com o Governo Federal para tratar da cadeia produtiva do leite

Representantes da FETRAF do RS, PR, SC e da CONTRAF-Brasil reuniram-se nesta segunda-feira (6) com o secretário de Agricultura Familiar e Agroecologia do MDA, Vanderley Ziger, para debater os desafios da cadeia produtiva do leite. A principal preocupação é a queda no preço pago ao produtor e o alto custo de produção, que pressiona os agricultores familiares.

De acordo com dados do da Emater-RS, o número de estabelecimentos que produzem leite caiu de 84.199 em 2015 para 28.946 em 2025, refletindo uma retração significativa. Apesar disso, a produção total se mantém estável, impulsionada pelo incremento de produtividade nas propriedades. Tal cenário revela que, embora ainda haja produção expressiva, muitas famílias deixam a atividade por falta de viabilidade econômica.

Durante o encontro, foi enfatizado que o modelo produtivo atual impõe despesas elevadas com insumos e manutenção, enquanto a remuneração recebida não cobre adequadamente os custos. O coordenador geral da FETRAF-RS, Douglas Cenci, salientou que é fundamental adotar políticas estruturantes para a agricultura familiar, pautadas na transição do modelo produtivo, que viabilizem economicamente a atividade e fortaleçam a permanência das famílias no campo e não apenas medidas pontuais.

Além disso, foi proposto medidas emergenciais, como a criação de um mecanismo legal que reduza a diferença de preço pago pela quantidade, estipulando uma diferença máxima do maior para o menor produtor, o fortalecimento da assistência técnica e extensão rural para uma produção sustentável e viável, além de medidas que ampliem o consumo de leite no país.

O MDA apresentou que está fazendo uma parceria com o SENAR, que prevê investimento de R$400 milhões ao longo de 60 meses para ampliar a Assistência técnica a Agricultura Familiar e se comprometeu em manter o diálogo e buscar caminhos que assegurem o preço e melhores condições aos agricultores familiares, reconhecendo o papel estratégico da produção de leite nos sistemas familiares e na segurança alimentar nacional.

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